Sheldon, um judeu americano, parece ter chegado ao fim da linha.
É viúvo, tem 80 anos, e revela sinais de demência.
A filha, preocupada, decide levá-lo para Oslo, onde vive com o marido.
Um dia, quando o deixa sozinho no apartamento, Sheldon ouve ruídos na escada.
Percebe que é uma vizinha a ser perseguida, a tentar proteger desesperadamente um filho pequeno.
A mulher acaba por ser morta selvaticamente, mas o octogenário consegue esconder a criança dos perseguidores.
É o ponto de partida de um romance onde tudo nos surpreende.
Aos poucos, juntamos as peças do puzzle.
Sheldon é, afinal, um ex-veterano da guerra da Coreia, que há décadas vive num secreto inferno, a tentar expiar um crime involuntário.
Num último esforço para se redimir, assume como missão salvar o filho da vizinha.
Numa terra desconhecida para ambos, começa uma fuga épica, que os levará aos confins da Noruega e uma perseguição implacável, movida por um gangue kosovar.
"Um estranho lugar para morrer" considerado o melhor romance do ano por uma série de publicações, desafia qualquer definição.
O ritmo e a tensão absolutamente sufocantes remetem para o thriller moderno, do mais fino recorte escandinavo.
Mas o autor, um activista do desarmamento e dos direitos humanos, usa a dramática epopeia de Sheldon para pôr a nu a violência latente na cultura ocidental.
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