O diafragma é uma fina camada de tecido muscular que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. É o músculo que o corpo usa para respirar.
Quando uma criança tem hérnia difragmática congénita (HDC), significa que há um orifício nessa camada.
Quando isso acontece, o conteúdo do abdómen pode passar por esse orifício para a cavidade torácica.
A HDC pode ser diagnosticada durante um exame rotineiro de ecografia.
Se não for diagnosticada durante a gravidez, em geral ocorre logo após o nascimento quando o bebé apresenta dificuldades respiratórias.
A perspectiva para os bebés que nascem com HDC, é cada vez mais positiva com as novas técnicas cirúrgicas e maneiras de assistir o bebé, contudo, é possível que tenha problemas prolongados e precise de acompanhamento depois da alta hospitalar.
Quando a hérnia se pronuncia ainda na vida intra-uterina, ela impede o desenvolvimento normal do pulmão no lado afectado, prejudicando também o crescimento do outro pulmão.
Quando os pulmões não se desenvolvem completamente, a criança irá ter problemas respiratórios.
Existem dois tipos de hérnia diafragmática: Bochdalek e Morgagni.
A hérnia de Bochdalek, que se traduz num orifício na parte de trás do diafragma e que ocorre no período intra-uterino, promovendo a diminuição do crescimento do pulmão do lado afectado, e pode ter associação com doenças cardiológicas e neurológicas.
90% das HDC são deste tipo.
A hérnia de Morgagni envolve um orifício na parte da frente do diafragma e se ocorrer no período intra-uterino, pode haver comprometimento do pulmão, mas se for detectada somente depois do nascimento, a gravidade é bem menor e pode ser corrigida cirurgicamente sem maiores riscos.
Embora as causas da Hérnia Diafragmática Congénita não sejam conhecidas, os cientistas acreditam que vários genes de ambos os pais, bem como uma série de factores ambientais que ainda não são totalmente compreendidos, contribuem para a HDC.
Quando os orgãos do abdómen impedem os pulmões de crescer adequadamente, o pequeno crescimento do pulmão é chamado de hipoplasia pulmonar e quando isso acontece, a criança é incapaz de conseguir oxigénio suficiente para conseguir respirar.
De entre os possíveis sintomas para a criança com hérnia diafragmática de Bochdalek, podem incluir a dificuldade em respirar, respiração rápida, frequência cardíaca alta, cor azulada da pele, desenvolvimento anormal do peito (um lado é maior do que o outro) e uma cavidade acentuada na zona do abdómen.
O bebé com hérnia difragmática de Morgagni pode ter sintomas ou não.
Cada criança com HDC é única, de modo que o tratamento pode variar com base no nível de gravidade.
Quando o bebé nasce, por norma é levado para os cuidados intensivos neonatais e é provavelmente colocado com um ventilador que faz o trabalho que o coração e os pulmões deveriam estar a fazer até a condição do bebé estabilizar.
Depois é submetido a uma cirurgia para reparar a hérnia diafragmática e colocar os orgãos no seu devido lugar. mas mesmo assim os pulmões do bebé continuam subdesenvolvidos e precisa ainda de assistência respiratória durante um determinado período de tempo após a cirurgia.
Uma vasta equipa de médicos especialistas em cuidados fetais podem ajudar na conduta durante a gravidez e o parto, bem como no tratamento pós-natal.
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