segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mononucleose Infecciosa

É uma doença causada pelo vírus Epstein-Barr e é transmitida pela saliva e troca de outras secreções orais como os espirros e a tosse.
É vulgarmente conhecida como a doença do beijo.
Quase 90% dos adultos têm anticorpos específicos para este vírus e certamente um dos episódios de "gripe" que tiveram nas suas infâncias ou adolescências, foi antes mononucleose infecciosa.
A infecção inicial é pela saliva alheia e os sintomas só aparecem entre 4 a 8 semanas após contraída a doença e ela é mais contagiosa durante o seu estado agudo, ou seja, quando a pessoa ainda tem febre.
De entre os sintomas podemos destacar as dores de garganta, de cabeça, musculares, abdominais, febre alta (39º-40º C), mal estar, cansaço extremo, sonolência, aumento dos gânglios linfáticos do pescoço, perda de apetite e de peso, náuseas e vómitos e por vezes, hepatite moderada.
Em 50% dos casos, o baço e o fígado aumentam de volume, sendo que o baço é mais susceptível a lesões e complicações, como a ruptura do mesmo. Actividades físicas e grandes esforços devem ser evitados e mesmo algumas brincadeiras nas crianças.
Deve ser evitada também a partilha de alimentos, copos, talheres, garrafas e sobretudo não dar beijos durante as primeiras semanas da doença.
A infecção é controlada ao fim de alguns dias, mas o vírus, frequentemente, permanece por toda a vida da pessoa, escondido de forma latente em alguns linfócitos B (glóbulos brancos) originalmente infectados.
O diagnóstico é feito pela descrição dos sintomas, no entanto, estes não são específicos e assemelham-se aos das outras infecções, mas é confirmado por análises ao sangue e por um esfregaço à garganta.
É recomendado repouso às pessoas com mononucleose infecciosa até desaparecerem as dores de garganta, febre e sensação de mal estar.
Não há um tratamento específico para esta doença, mas paracetamol pode ser administrado para aliviar as dores e a febre.
Nenhum antibiótico contendo amoxicilina e outros derivados de penicilina pode ser administrado sob pena de agravar os efeitos da doença.

Informação adicional :
Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (www.spmi.pt)


Pois é, foi este o susto que um dos meus filhos me pregou há um ano atrás por altura do Natal.
Não sei como nem porquê, mas a mononucleose veio parar às nossas vidas sem pedir permissão.
Não era nada que não se pudesse tratar, mas como pouco conhecia a doença, fiquei assustada, ainda por cima, quando a notícia foi dada por uma médica, mais assustada do que eu, num serviço de urgência. Mas dei graças a Deus que o meu filho tivesse sido atendido por aquela médica, pois garanto que se fosse a pediatra dele, ainda hoje não sabia o que tinha sido aquilo e não teria tomado os cuidados necessários.
O meu filho ficou 1 mês em casa, sempre acompanhado, ora por mim, ora pelo pai.
Realmente, nenhum antibiótico foi receitado, mas sim Ben-u-ron e Brufen para alívio das dores de garganta e de barriga que ele tinha, para além de fazer baixar a febre altíssima.
Quando começou a melhorar destes sintomas, só queria brincadeira e eu sempre muito aflita para ele e o irmão não andarem nas "touradas" do costume. O baço inchou muito e o fígado também e essa era uma das preocupações dos médicos, pois análises foram feitas posteriormente para se ver a evolução e se nas primeiras estava tudo ok (dentro dos possíveis) nas seguintes já nem por isso, o fígado tinha aumentado para valores elevadíssimos.
O mal é que não havia mais nada a fazer, senão esperar, o corpo ia expulsar a doença.
Uma dieta rigorosa entrou em acção durante a doença: manteiga sem sal, ele odiava, por isso optei por uma light e punha muito pouca no pão ou torradas, uma vez que a gordura é do pior para o fígado, leite e iogurtes sem lactose (opção minha), cozidos e grelhados.
Nós comíamos a mesma coisa que ele, estávamos todos solidários.
O que é certo é que resultou e quando foi fazer análises novamente, o fígado já estava com os valores normalizados. Mesmo assim, ainda mantive a dieta durante mais algumas semanas.
Beijos e miminhos davamos-lhe muitos (e ainda hoje, claro) e nenhum de nós apanhou a doença.
Evitámos, porém, cumprimentar alguém com beijos na cara (nunca se sabe) e só dávamos apertos de mão.
A escola foi informada (muito importante, não esquecer) para os pais das outras crianças estarem atentos a possíveis sinais.
Acabou por correr tudo bem.

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