terça-feira, 28 de outubro de 2014

Síndrome de Kleine-Levin



Também conhecida como a doença da Bela Adormecida, em nada se compara com os contos de fada em que surge o príncipe encantado e acorda a princesa com um beijo.
Embora as causas da doença permaneçam desconhecidas, apontam-se para várias possibilidades motivadas por distúrbios neurológicos, mas também as infecções virais ou causas genéticas, podem estar por trás dos episódios que afectam cerca de 1000 pessoas em todo o mundo, na sua maioria jovens.
Não há um tratamento específico e, dependendo dos sintomas, podem ser administrados antidepressivos ou estimulantes.
O paciente pode entrar em remissão espontânea da doença em 8 anos, com ou sem tratamento, mas o que é certo, é que os surtos podem durar semanas e durante várias horas diárias.
Os indivíduos não são capazes de frequentar a escola, trabalhar ou cuidar de si mesmos.
A maioria está de cama, cansado e pouco comunicativo, mesmo quando está acordado.
No início de cada episódio, o paciente torna-se sonolento e dorme a maior parte do dia e da noite.
Nos curtos períodos em que permanecem acordados, para além de terem um apetite insaciável, sofrem de confusão, desorientação, ausência total de energia e falta de emoções.
Beth Goodier, uma britânica que sofre desta síndrome, tem 20 anos e começou a ter os sintomas aos 16 anos de idade.
Beth depende quase inteiramente da mãe, Janine, que abandonou o trabalho para cuidar da filha. Ela explica que, quando a filha está acordada, se comporta como uma criança e tem dificuldade em distinguir a realidade do sonho, para além de permanecer na cama ou no sofá.
A síndrome é uma condição devastadora para jovens que já estão vulneráveis na época da vida em que aparecem os primeiros sintomas.
Afecta a sua educação, a vida social, familiar e profissional.
Beth chega a dormir cerca de 22 h diárias!!
Enquanto muitos de nós, lutamos contra insónias, esta doença é, para aqueles que dela padecem, um verdadeiro pesadelo.

Sem comentários:

Enviar um comentário