Na agreste paisagem islandesa, Hannah Kent traz à luz dos nossos dias a história de Agnes que, acusada do brutal assassínio do seu anterior amo, é enviada para uma quinta isolada enquanto aguarda a sua hora final.
Apavorados com a perspectiva de virem a albergar uma assassina, a família que a acolhe evita Agnes nas primeiras abordagens.
Apenas Tóti, um padre designado para acompanhar Agnes nesta última caminhada e ser o seu guardião espiritual, procura compreendê-la.
Mas assim que a data da morte de Agnes se avizinha, a mulher e filhas do lavrador descobrem que há uma segunda versão para a história brutal que ouviram.
Fascinante e lírica, "Últimos ritos" evoca uma existência dramática num tempo e espaço distantes, dirigindo-nos a enigmática pergunta: como pode uma mulher suportar a mágoa e a injustiça quando a sua vida depende das histórias contadas pelos outros?
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