Quando o amor antes do casamento é sinónimo de morte.
Souad tinha 17 anos e estava apaixonada.
Na sua aldeia da Cisjordânia, como em tantas outras, o amor antes do casamento era sinónimo de morte.
Tendo ficado grávida, um cunhado é encarregado de executar a sentença: regá-la com gasolina e chegar-lhe fogo.
Terrivelmente queimada, Souad sobrevive por milagre.
No hospital para onde a levam e onde se recusam a tratá-la, a própria mãe tenta assassiná-la.
Hoje, muitos anos depois, Souad decide falar em nome das mulheres que, por motivos idênticos aos seus, ainda arriscam a vida.
Para o fazer, para contar ao mundo a barbaridade desta prática, ela corre diariamente sérios perigos, uma vez que o atentado à honra da sua família é um crime que ainda não prescreveu.
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