Primo Lévi, prisioneiro em Auschwitz, afasta-se do memorialismo mais directo para transformar em matéria romanesca a sua intensa experiência dos dramas da Segunda Guerra Mundial.
Em "Se não agora, quando?", o seu livro mais extenso e o único que chamou abertamente de romance, Primo Lévi conta-nos a história de um bando de judeus que, desgarrando-se do Exército Vermelho na Bielorrússia, em 1943, atravessa a Polónia e a Alemanha rumo a Itália.
Ao longo dessa caminhada de dois mil quilómetros, as personagens juntam-se à luta da Resistência, vivem o medo, entram em conflito ou solidarizam-se entre si, sempre rodeados pela morte, mas sem que Primo Lévi renuncie a um humor subtil para caracterizá-las.
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